Absorvendo todas as palavras como se tocassem os seus próprios lábios, observava, e sentia-se preenchido. Sentia-se inundado por uma calma e suave luz branca, e não havia muito mais que importasse, nada mais o fazia sorrir de maneira envergonhada e tonta.
Era uma paz (ou felicidade?) que já não sentia há algum tempo, não desejar mais, ou pelo menos era assim que se sentia.
Desejava a sua atenção, inevitavelmente. Gostava de ser capaz de mostrar o quanto valia, mas sabia que não era preciso. Pelo menos não naquela altura.
Absorvendo cada expressão dela como um piscar de olho sorrateiro, retribuía com a alma livre que tinha para partilhar com ela. Isso, e um sorriso cúmplice.
in "Férias Com Uma Estranha"
Manuel Ferreiro.
#500
Há 7 anos
finalmente...
ResponderEliminarOK! Podes continuar, ficamos à espera.
ResponderEliminarapós certo tempo as coisas perdem o seu significado, ou pelo menos já não dizem tanto quanto o diziam em certa altura.. já foi escrito há muito, certo?!
ResponderEliminarJu*
As nossas histórias navegam connosco nas nossas viagens. E as velas só são içadas na altura certa, mesmo que não pareça a melhor.
ResponderEliminarMFerreiro.