domingo, 14 de novembro de 2010

HIATO

The Road awaits its master....

Meanwhile,
http://thespiritualjourneyofgyora.blogspot.com/

Cola de Prata v2

Aqueles pequenos segundos em que te contemplas ao espelho, e não estás realmente lá.
Aqueles segundos em que questionas a tua existência, mas não sabes quem questiona, ou o que questiona.
Estás vivo, ou não? O que és? O que vês?
-------------------e paras-----------------
E voltas a entrar na festa.

NIRVANA BLUE

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Haiku #2

Presos,
Troçam das suas mãos amordaçadas.
E bebem mais uma gota do quadrado de um céu limpo.


NIRVANA BLUE

domingo, 24 de outubro de 2010

Haiku #1

Um haiku é constituido por tres a quatro versos, uma forma de poesia originaria do Japao. 'E, para mim, algo de belo, pela sua ligaçao obrigatoria 'a natureza, e porque tem de haver uma expressao que define o texto em si. Quem quiser ler mais Haikus, pesquise no Google, garanto-vos que vale a pena.
-------------------------------------------------------

Porque é muito mais facil ter medo ao frio
Porque o gelo é ansioso,
e um dia novo assusta.



Nirvana Blue

terça-feira, 19 de outubro de 2010

E os Espinhos Já Não Picam

Os braços dormem descansados. As petalas caem, e os espinhos ja' não picam. A rosa morre. Quase criminalmente. O animo fugiu, voou quando viu a janela aberta. A apatia 'e a nova companhia, dia apos dia, mais monotono que o anterior, mais pesaroso e arrastado que o seguinte.
Perco-me nas caras da televisao, que falam de desgraças todos os dias, que dao sedativos aos putos que, em breve, vao deixar de sentir. Cerebros dormentes do nosso amanha. Folhas caidas no Outono, tao emocionados como o naufrago que deu 'a costa ha' mais luas do que as que consegue enumerar.
Estes pensamentos sobem no primeiro cafe' que bebo, de um trago, para dar vida aos meus olhos cansados. Longe vao as noites, entre um cigarro e uma cerveja, entre amigos, onde jurei a minha imortalidade e a vontade de tomar a vida nesses meus braços que agora estao comatosos.
Onde esta a promessa de um suspiro?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

#47

Onde foste? Hoje restam apenas os lençois desarranjados e amarrotados, intocados desde a ultima vez em que te deitaste neles.
Restam os bilhetes no frigorifico, auxiliares da tua memoria que, ora sim, ora nao, chega atrasada aos compromissos que promete nao esquecer. Levaste parte de mim, nesse teu desejo de partir, tao rapida e subtilmente, 'a procura da proxima aventura.

"Vamos perder-nos por ai'"...ah, a sensaçao...que saudades!...virar o carro para uma terriola que nao conheço, porque nao a conheço, porque nao quero voltar nunca.

Nunca pensaste demasiado nas coisas. Nunca pousavas a tua maquina fotografica, na tua procura de uma situaçao perfeita, de um olhar sedutor, cheio de emoçao, que irias eternizar. De uma mae com os filhos, de uma flor fora do sitio, como tu 'es.

So' contavas com a tua leviandade, com a tua facilidade em saltar de liana em liana, nunca sentindo a falta de nada, ou sentindo, mas pondo a tua causa acima de qualquer outra pessoa. Por uma questao de sinceridade, dizes. Como o "Blackbird"...sim...perfeito para te descrever...

Mas quando foste, nao tiveste em conta que eu fiquei. E acordei sozinho nesse dia, com uma fotografia, e uma frase de ida mais apressada que eu gostaria que fosse: "You were only waiting for this moment to be free".

E, ate' morrer, vou lembrar-me de ti, e do que teria acontecido se tivesses ficado mais um dia, uma semana, ou ate' este pensamento.

Ate' morrer, vou olhar para os passaros de maneira diferente.

Ate' morrer, tiro todos os dias uma fotografia.

Ate' morrer, perco-me todos os anos.

Ate' morrer, vou encontrar-te.


NIRVANA BLUE

domingo, 3 de outubro de 2010

Estrangeiro

"como se pode ter saudades do que nunca se teve? Como 'e que conseguimos ser alguem sem a experiencia de ter vivido antes?
Representar cada momento como um prodigio experienciado num dia de alucinaçao absoluta.
Nao sei se foi ontem, se foi ha um ano ou ha' bocado
A faca, objecto tao utilizado para cortar algo, serviu perfeitamente para destruir os meus mais profundos laços, desta vez usada brutalmente, de uma forma proverbial.
Ja nao preciso de me ligar a ninguem. Fui desiludido na acepçao mais dolorosa da palarvra, por entre as nuvens que obstruiam as ilusoes que tao ardentemente desejava."

- in The Cold Light of Morning, o inicio do meu livro.


NIRVANA BLUE

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nirvana Blue

O estado de iluminaçao em suaves tons de azul. Como um mergulho no oceano, dado sem pensar, com um sorriso de orelha a orelha, furando a agua de cabeça.

A minha definiçao de paz. Um mergulho que nunca acaba, a natureza a penetrar os poros da minha pele. A minha uniao, sem morrer.

Mas ainda nao sei o meu nome...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

#42

Morreste ontem. E eu congelei, perdido no tempo, porque estavas la ainda, na minha cabeça. Sabia o teu numero, sabia onde te encontrar e ainda via a tua mae na rua, com a mesma postura que eu.

Iamos para a escola juntos, mas hoje nao apareceste. E eu fiquei 'a tua espera, porque sabia que ias chegar. 8:10, e tu nao vens...8:20....8:30, estas atrasado...sento-me e espero. Digo para mim: "Ele nao vem hoje...deve estar doente, ou ter algo que fazer", e volto para casa.

Sempre que fumava um cigarro, tirava dois e acendia-os, pondo o teu no chao, porque tu fumavas sempre comigo...era eu quem tos dava, nunca compravas...riamos disso, lembras-te?

Nao posso deixar de ficar lixado contigo. Devias ter ficado aqui, mas escolheste a saida mais facil...recrimino-te. Seja porque nao tive a coragem de o fazer, ou porque o fizeste e me deixaste.

Em breve vou ter contigo. Fazes falta.


NIRVANA BLUE

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

#41

Explica-me o que acontece se virares a pagina, e nao encontrares um novo dia, mas apenas um poço branco de sarcasmo e desdem?

Mostra-me o que falta para o proximo passo, e eu prometo que o dou.

Ensina-me a contar o que posso, e a guardar o que devo.

Canta para mim como se me amasses, e vou olhar-te como nao devia.

Engana-me, para nao me sentir mal. Engana-me para poder ter uma desculpa.

Pede-me tudo, e eu pego-te na mao.

Mas, por favor, nao me tires do meio da estrada.


NIRVANA BLUE

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dias de Raiva

I felt like putting a bullet between the eyes of every panda that wouldn't screw to save its species. I wanted to open the dump valves on oil tankers and smother all those French beaches I'd never see. I wanted to breathe smoke.
I felt like destroying something beautiful.

-------------------------------------------------Fight Club

Dias em que so apetece descarregar um carregador inteiro das balas mais letais existentes em todo o cabrao do planeta nos coelhinhos mais queridos que os meus olhos ja viram.

Dias em que apetece desfazer a cara do primeiro idiota que aparece a nossa frente com um sorriso sarcastico ate nao se distinguir o sangue dele do que escorre pelos nossos punhos.

Dias em que a auto-flagelaçao de um padre radicalista apenas nos da uma sensaçao de inveja.

Dias em que nao tens a noçao que tu es um e eles sao sete.

Dias em que querias ser tu a premir o gatilho num pelotao de fuzilamento, sem sentir remorso, sem deixar a lagrima cair, de impulso.

Dias em que gritas com quem nao mereces, e que magoas sem merecer.

Dias em que nao te importas de ser o maior filho da puta a face da Terra, desde que isso satisfaça o teu prazer imediato de destruiçao pura e absoluta.

Nota-se muito que hoje e um desses dias?

Nirvana Blue

sábado, 21 de agosto de 2010

Given To Fly

E aceitei, sem responder, tudo o que ela tinha para me dar. Por meio de palavras que nao foram ditas, aprendi a observa-la na sua reluzente beleza, que com o tempo so sera maior, mais limpa e refinada.
Nunca esquecerei a perfeiçao do seu cabelo, ou a expressao que faz quando bebe o que lhe conto. O seu sinal, estrategicamente colocado acima do labio, com o unico proposito de me fazer chorar.
Do seu sorriso nao consigo falar sem ficar eu proprio com um estupido sorriso na cara, tao indigna de olhar para a sua.
O meu dia era mais feliz quando ela entrava na sala, e entristecia um pouco a cada minuto que passava da sua partida. Ela estava sempre com sono. Queria ser eu a aconchega-la e a ser a ultima pessoa a ve-la todos os dias, uma pequena vaidade que pensava merecer...
E tortuoso ve-la apenas uma semana por ano. Como se a Vida gostasse de me dar essa semana de Paraiso, para me devolver 'a Terra, mais triste do que nunca, por la voltar.
Como te adoro.

Nirvana Blue

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Voo

Estava um dia lindo de Verao, e ele escrevia, enquanto as palavras teimavam em sair de uma caneta aparentemente morta. Encontrava, no seu caderno, a forma mais leal de mostrar a sua desilusao, provocada pelo peso das circunstancias que o sufocavam, clamando ja pelo Outono que lhe era prometido.
As telhas de uma casa, pintada de uma cor pouco mais vibrante que ele, reluziam na sua visao que, curvada, reconhecia a correspondencia da paisagem com o seu estado de espirito, ora apatico, ora pratico, mas nunca pronto.
Sentado, observou uma cadeira verde, e deixou, levemente, escapar um sorriso, lembrando-se do que ela representava, com o seu ar ironico de esperança. Olhou, entao, em seu redor, procurando definir-se: Viu grades, predios, passaros, asfalto e tijolos. Pensou:

- Posso olhar para o asfalto como a estrada da minha vida, e para o tijolo como maneira de a construir. Posso considerar-me um espirito livre, como um passaro, que atras de uma grade nunca sera feliz.

Mas decidiu ignorar tudo isto, sob pena de cair num lugar-comum.

Abriu os braços, numa tentativa de voo. Esqueceu o virtuosismo de outrora, e caminhou, na sua mente, pelo cume de montanhas inexploradas, senao por si mesmo. Encontrou-se brevemente, apos anos de procura. E o resto ficou para a Eternidade.

E tu?


(desculpem os acentos, teclado estragado)

Nirvana Blue

sábado, 31 de julho de 2010

Para os Meus

Para o MF, por um irmao de outro sangue,
Para o MC, por um irmao mais novo,
Para a GI, por uma irma mais velha,
Para a BR, pela dor, e crescimento,
Para a SD, pelas novas descobertas,
Para o RP, pela critica literaria,
Para o RV, pela diversao,
Para a DP, pelo que ja fomos,
Para a S, para que acorde,
Para o RT, pela bala que levaste.

Nirvana Blue
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Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também


Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também

Aqueles
Aqueles que ficaram
Em toda a parte todo o mundo tem
Em toda a parte todo o mundo tem
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também

Zeca Afonso.

A Noite

O Vento sopra. Faz tempo que nao vejo a noite.
Dou um passo e piso a noite.
A noite.

Carvao no ceu, com pequenos pontos de acendalha. A noite.
Um caldeirao de barro, gasto, gasto, farto do dia.

Um livro fechado com ausencia de luz.

O descanso. A noite.



Nirvana Blue





(Desculpem os acentos. Teclado estragado)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lírio

Olá, Amanhã...já te vislumbro, de soslaio...a tua preparação tímida e lenta.
Que nos trazes hoje?
Um pouco de tudo, espero. Um pouco mais que hoje.
Um pouco menos de incerteza e preguiça, pode ser?
Mais amor, peço-te.
Até já, Amanhã...


Surpreende-me.............

Nirvana Blue

Natural Mystic (Parte 2)

Deixo-vos cinco (5) palavras...

não me desiludam:

-Relva;

-Praça;

-Rôla;

-Breve;

-Lago.


é um desafio...

Nirvana Blue

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Porque não?

<< " - É difícil, sim. Também é verdade que ninguém nos perguntou primeiro se queriamos, nem sequer nos avisaram. Mas... Sem ela, o que seríamos? Vácuos flutuantes? Átomos inter-ligados espiritualmente?
- Não sabemos. Mas, calma, todos saberemos o que é, no devido tempo.
- Até lá, só saberemos o que é estar vivo. Como é a única coisa que sabemos, é a única coisa para que trabalhamos."
(Ovação de pé por parte dos ouvintes, pela beleza e qualidade do pensamento)
" - Por mais que recriemos entidades reguladoras, só poderemos saber o que é estar a viver o sítio em que estamos, o instante em que estamos."
(Riso da primeira fila, que aplaude o mínimo possível, pela presença conjunta de tempo e espaço no discurso)
" - Sim, só sabemos o que é viver. Por isso, vivamos todos o melhor que pudermos, e não nos preocupemos com viver mais do que uma vida. Não interessa a quantidade, isto é uma questão de qualidade.
- Pensar na melhor forma, não só para nós próprios mas também para os outros, de agir ou reagir a qualquer coisa, tomar as decisões certas, mesmo que arriscadas, na altura certa..."

" - Isso podemos nós fazer, estamos apenas à procura no lado errado..."
>>

-Diário do Mensageiro


MFerreiro.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O fogo

Ardes
em
mim
.

E
eu
ardo
contigo
.


MFerreiro.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O olhar jovem

Absorvendo todas as palavras como se tocassem os seus próprios lábios, observava, e sentia-se preenchido. Sentia-se inundado por uma calma e suave luz branca, e não havia muito mais que importasse, nada mais o fazia sorrir de maneira envergonhada e tonta.
Era uma paz (ou felicidade?) que já não sentia há algum tempo, não desejar mais, ou pelo menos era assim que se sentia.
Desejava a sua atenção, inevitavelmente. Gostava de ser capaz de mostrar o quanto valia, mas sabia que não era preciso. Pelo menos não naquela altura.
Absorvendo cada expressão dela como um piscar de olho sorrateiro, retribuía com a alma livre que tinha para partilhar com ela. Isso, e um sorriso cúmplice.


in "Férias Com Uma Estranha"
Manuel Ferreiro.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eden

Hooverphonic...

Eden

O começo do mundo como o Homem o definiu
Uma tecla do piano desafinada na harmonia total de Mozart.
Uma folha que indica o caminho a tomar para o fruto proibido.

A invenção de um Ser para desculpar o que nunca irá ser revelado.
A marcha da guerra numa cadência acelerada, afogando os ouvidos de qualquer um.

Os números e formulas que prometem a vida para além da morte. Ou através dela.
A repetição contínua do dia-a-dia que insiste em ficar inalterado.

A ignorância funcionando como eterna cegueira, e a ingenuidade como a unica maneira de encontrar uma felicidade honesta.

Um quadro de mentiras, culminando num sorriso duvidoso através do pincel de Leonardo.

Um corpo encontrado na destruição abominável do "Little Boy".

O desmesurado amor por algo tão trivial como um pedaço verde de papel.

O Apocalipse como o acordar de um pesadelo.

Nirvana Blue

domingo, 13 de junho de 2010

Why Does My Heart Feel So Bad

Estou demasiado triste para ir dormir. Até o pensamento de me ir deitar me faz suspirar.

Fazia tudo para não conhecer ninguém. A Solidão num instante.

Olhar para o céu e apontar para um sitio onde não existisse este sentimento que quero descrever.

Às vezes penso na minha importância na vida das pessoas. Se eu não existisse...quem seria diferente? Qual foi a minha diferença? Quem era melhor ou pior se eu não tivesse existido? Quem foi a pessoa cuja vida eu toquei decisivamente? Quem É o que É com alguma ajuda minha? Nestas alturas era bom saber o que realmente fizemos antes de diluir o nosso cérebro na escuridão.

O mundo é um lugar menos risonho, comigo nele. Bem, isso não faz grande diferença por si só, ou faz?

Já sentiram não estar errados, mas que tudo acaba por vos cair em cima? E perguntar: "E agora, errei no que?"

Que é que me falta, para não errar mais?
Para que as pessoas arranjem maneira de colidir comigo por não querer trair quem sou?
Para o luar estar com um sorriso, e não desagradado, esta noite?
Para o passeio ser mais alegre?
Para o dia ser soalheiro?
Para a porta ser menos pesada?
Para tocar guitarra e não haver um único acorde que me faça desfazer em lágrimas?
Para chegar a casa e não por uma música que me rasgue o coração, mas que quero ouvir à mesma, por ser masoquista?
Para uma ponte parecer um elo de ligação, e não uma maneira desajeitada de forjar uma relação?
Para a rua não ser escura, à noite?
Para não morrer um pouco todos os dias?
Para não me sentir como hoje?
Para ter um sitio onde me sinta sempre bem?


Para poder sair daqui?...

Nirvana Blue

Release

Oh dear dad
Can you see me now
I am myself
Like you somehow
I'll ride the wave
Where it takes me
I'll hold the pain
Release me
----------------------------------------PEARL JAM

Estás aí?...
Aínda não te vejo, com essa ânsia de agradar a todos...
Por favor, foge da eterna inadaptação.

Aínda me lembro de tocarmos Strokes e Silverchair, e tu, fiel a quem eras, tinhas medo até de esboçar o minimo sorriso. Mas nós sempre te aceitámos pacientemente, reconhecendo a estrela que morava dentro de ti. Sabiamos que estávamos com uma pessoa que era quem era sem enganar ninguém, e isso era mais importante do que cantar ou não.
Tu, calada, irradiavas mais luz do que agora, escondida atrás da imagem que criaste para ti (ou que criaram para ti).

Eu adorava quem eras. Apesar de me achares algo insignificante, talvez parte de um grupo, sem significado individual.

Agora olho para ti com a esperança que acordes. Não pares aí. Liberta-te. Gostas mesmo da tua situação? Diz-me que não, diz-me que estás farta, diz-me que é agora. Parte TUDO.

Não te escondas na sombra do teu antigamente. Não apagues quem realmente és.

I dream about how it's gonna end
Approaching me quickly
Living a life of fear
I only want my mind to be clear...

Lembra-te disto.

domingo, 23 de maio de 2010

Porcelain

Moby...


Porcelana

Houve dias em que ao teu toque adormeci...calma e suavemente, contemplando as tuas feições de anjo. Tal como houve muitos em que chorei no teu ombro, sempre carinhoso e envolto no meu corpo. Tenho ciúmes de todos os que alcanças com o teu sorriso, e pena de não estar sempre dirigido a mim, ou pelo menos tantas vezes quantas queria. Apercebo-me, hoje mais que nunca, que não posso medir a falta que me fazes, e que se assemelha perigosamente ao amor. Não suporto um esgar de tristeza teu. Conta-me o que se passa. Começaremos um livro de palavras faladas que voltaremos a visitar, um dia mais tarde. Eu mereço...tu ainda mais.
Um Beijo, de mim para ti.

para a G...

Nirvana Blue

segunda-feira, 10 de maio de 2010

ANTS MARCHING

One,Two(...)

Carrego algo que não posso partilhar. Algo que assegura a minha, a nossa subsistência. Dou mais um passo, retomo a cadência...

Vivo pouco tempo, e esse tempo é usado para garantir as próximas gerações. Não olho senão para a frente. Parar é morrer. Espelho da profunda solidariedade que nos une a todos. Tudo o que encontro pode ser usado, e levanto tudo com uma força que provêm do puro instinto. Não há descanso, estou programado assim pelos desiginios de um Deus que não consigo compreender, a Natureza.
Tudo funciona. Todos os obstáculos feitos com o exclusivo propósito de serem ultrapassados.

É urgente perceber. Uma vida de trabalho sem benificio. Uma civilização com milhões de anos. Nasci da terra e para ela voltarei. Sem nunca temer, sem nunca me lamentar. Não me é permitido pensar...nunca percebi nada...

Nirvana Blue

Aproximação

Quase no ponto de ruptura, noto pequenas falhas na auto-definição do meu carácter, A pequena nuance de que me orgulhava profundamente parece já não fazer sentido.

O teu interior empurra uma alma estilhaçada para fora, e cada arrastar de vassoura faz-te sangrar por dentro. Quando acaba, sentes-te impotente e assoberbado pela verdade. Derrotado. Deixas de lutar. Afogas-te e tocas no fundo do oceano. Talvez ali sejas mais feliz. Procuras uma base para ressurgir mas a mão escorrega incessantemente. E voltas a pensar no crime que cometeste...

Afinal, Deus não é senão a parede branca do teu quarto. E se Ele é o Homem...eu deveria estar farto.

Nirvana Blue

Delta

Cada um por seu caminho,
União desfeita.
Rios que se separam, após uma breve união.
Um copo cheio de vento na palma de uma mão.
Na outra nada senão a solidão.

Nirvana Blue

sábado, 3 de abril de 2010

ESTH: Medo

O medo afasta-nos daquilo que queremos, daquilo que somos, daquilo que precisamos. O mecanismo que nos protege de saltar para um abismo é o mesmo que limita o nosso próprio desenvolvimento. É o mesmo que nos pousa suavemente no abismo do progresso (ponto em que este toma o seu valor mínimo).
Quais as vantagens? E as desvantagens? Será que compensa recearmos as perdas, sem olhar aos ganhos?
Temos o medo como reacção instintiva, não racional. Mas não é a nossa luta contra a inconsciência uma prioridade? Fazemos máquinas com dispositivos de segurança, varandas com protecções, telemóveis com códigos de acesso. Com tanta segurança, de que nos serve hoje o medo?
Se formos assaltados, para que precisamos de nos sentir vulneráveis, se apenas nos vai turvar a visão? Para quê tremer, se podemos enfrentar a situação com calma e cabeça fria?
[Atenção: Não quero incitar ninguém a desafiar um gangue de dezenas de pessoas. Digo apenas que de nada servem as reacções associadas a, e provocadas por medo. A mente clara e limpa resolve tudo mais rapidamente.]
A adrenalina é libertada em situações potencialmente perigosas, mas esta apenas nos torna animais mais capazes fisicamente, turvando-nos as capacidades racionais que não tenham como objectivo a fuga, a sobrevivência animal. Sim, ficamos mais rápidos, mais fortes, com melhores reflexos, mas perdemos precisão, minúcia, habilidade. É algo que temos que pesar e medir.
Ainda assim, a adrenalina não provoca a sensação de medo, é uma relação causa-efeito unívoca. Assim, podemos controlar a quantidade de adrenalina que nos circula no sangue, seja através de controlo assistido - recurso a químicos externos, sintéticos ou não - ou de auto-controlo. Para este último será preciso recorrer à meditação como caminho do auto-conhecimento, a consciência da nossa própria natureza.
A origem do medo tem que ser encontrada em nós mesmos. É dentro de nós que ele vive, e é lá que deve ser compreendido, controlado e, pelo menos, minimizado. O medo é a característica mais animal que temos, e não nos podemos sujeitar a ele.
Todas as nossas acções devem contribuir para o controlo pessoal, individual, da nossa existência. Se o medo está tão ligado à nossa base, ao nosso núcleo (conjunto de acções e reacções), devemos abandoná-lo, impedir o seu alastramento.

MFerreiro.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Farewell And Goodnight

No princípio era uma pequena verdade, assimilada por aquilo que nos compele a Acreditar.
Tão imutável e preparada como tantas outras, unida por um fio de contentamento pela escolha feita.

Um Milagre, se é que tal pode existir. Um olhar bastou. O aroma que libertavas naquela altura, como em tantas outras, vem novamente ao de cima. Ainda o recordo, e tenho saudades dele.

Já nada restava de mim. O combate incessante pela mudança não compensara, e deixara a sua marca. A dor fez-se sentir quando pensei em baixar os braços, já o galo clamava o final da escuridão e consequente amanhecer.

O mundo mudou naquele dia. Assim que acabei a conversa senti precisar de uma calma que só o agridoce paladar da nicotina tráz, bem como o fumo que sai dos pulmões, ora quentes, ora frios, e sempre trementes, após tanta excitação.

O Amanhã seria mais claro. Ou não. Mas naquele momento só esse pensamento me movia, uma montanha de quilómetros de altura, já desgastada por uma erosão longa demais, e certamente eterna.

Todos nós Somos. Comemos, bebemos, rimos, pensamos, sentimos. Sofrer faz apreciar a Vida. Ainda que a maldigamos por momentos. Olhar para trás? Porque não? Se nos vai ajudar a cumprir o nosso tempo alugado a um ser superior, ou aos nossos descendentes; ou até a melhorá-lo, torna-se um passo importante a tomar para o bem daquilo que nos rodeia. Mas não nos esqueçamos...tudo tem um preço.

Recordo a tua cara uma ultima vez. Rio-me. Já não significas aquilo que tantas noites me deixou acordado. Que alivio.

Até Sempre.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Parte 3: Do renunciar dos problemas, ou do adquirir das soluções

Aquilo que nos prende é o material.
Por um lado, esta frase engloba tudo o que irei abordar nesta parte, mas por outro, é tão insuficiente como os nossos esforçoes para a libertação. Explico:
É através da experimentação que apreendemos o meio que nos é externo. Através das sensações, dos impulsos eléctricos que já são uma conversão. A obsessão humana prende-se à proximidade dessa imagem com a realidade, juntar o conceito de essência com o de existência, a percepção com a construção.
Na minha humilde opinião, é um erro.
A não ser que nos tornemos partículas conscientes, não nos será possível aproximar tais conceitos a um nível que seja sequer satisfatório.
Por isso, em vez de seguirmos esta cruzada (que na prática acaba por ser vã), devemos aperceber-nos de que aquilo que nos rodeia (o mundo humano) está/é composto por criações nossas. E, desse modo, devemos pensar não nos produtos materiais, mas na fonte teórica que está por detrás da criação. Devemos analizar o pensamento original, os impulsos eléctricos que, ao acaso ou não, acabaram por mudar o nosso mundo.
Mas não as nossas mentes.
Já tivemos várias revoluções de ideologia. Desde a época do Renascimento, a Revolução Francesa, a Industrial, e mais recentemente a Científica. Encontramos sempre uma contraposição de paradigmas: a evolução pela revolução.
Então se nós, máquinas biológicas pensantes, fomos já capazes de revolucionar a imagem que o "mundo humano" tem do mundo, porque ainda não conseguimos revolucionar a imagem que o "homem mundial" tem do homem? Porque não conseguimos ultrapassar essa "pequena" barreira?
Porque não conseguimos separar o físico do psicológico. Porque ainda vemos a morte como um castigo final, temendo-a para nós (medo de sermos julgados por alguém ou algo exterior/superior a nós), e por vezes provocando-a nos outros para, ilusoriamente, fazermos do meio em que nos inserimos um ambiente mais justo.
[Ninguém tem medo de nascer. A principal razão será porque ainda não temos uma consciência bem definida. Talvez não seja o melhor exemplo].
Ninguém tem medo de satisfazer uma necessidade básica. Ninguém tem medo de comer (a não ser que temam que daí advenha a sua própria morte, mas nesse caso não se trata de medo de comer, mas, mais uma vez, da morte em si). Porque tudo isso é algo que tem que acontecer, obrigatoriamente. Tal como a morte.
Assim, devemos aceitá-la, compreendê-la como parte da nossa vida, é uma característica associada a esta. Não podemos apenas perceber o que aconteceu, ou porque aconteceu. Devemos estar instruídos intrinsecamente da existência desse acontecimento na vida de cada um. compreender não é arranjar eufemismos, não é convencer alguém de que a pessoa "foi para um sítio melhor". É continuar a missão que cada um tem. O direito de acabar com a nossa vida é tão nosso quanto o de a começar. Nada temos a ver com ambos. O que interessa é que somos no breve período em que tomamos forma humana, não o quanto temos, ou deixamos a outros, não aquilo que fazem de nós. O nosso destino é um destino escrito por nós mesmos. E de cada caminho individual, sairá um pequeno passo para a Humanidade. Não é preciso ir à Lua para a Humanidade andar em frente. É preciso perceber o que implica ir à Lua. É preciso pensar de olhos fechados e mente aberta, não pensar nos bolsos para encher, não pensar nas armas para aos outros tirar, não pensar no ouro para ostentar. Isso não vale nada, e nunca valerá verdadeiramente!
Tomar consciência de que a cada conjunto de acções corresponde um certo conjunto de reacções.
Nada do que fizermos passará ao lado do mundo. Se é este o chão que pisamos, se é dele que nascemos e para ele regressamos, nada lhe escapará à atenção. Se existe alguma consciência máxima, será das pedras que pisamos no nosso caminho, o registo das nossas acções.
Pensar não é dormir ou ficar apático.
É acordar.

MFerreiro.

Parte 2: De instinto a extinto?

Tal como os genes têm a "mística" capacidade de se reorganizar aleatoriamente, também o cérebro humano tem a capacidade de misturar elementos que tenha apreendido, previamente, de forma nova, muitas vezes incompreensível, mas sempre surpreendente.
[Atenção, não devemos rotular uma nova ideia ou construção como inútil ou vã sem primeiro compreendermos todas as suas possibilidades de aplicação, práticas ou teóricas. O conformismo que nos rodeia impele-nos a criar preconceitos, a organizar o pensamento segundo aquilo que nos é fácil de agrupar. A isso, creio que chamamos falácia da indução.]
Assim sendo, não podemos, por facilitismo, sub-valorizar uma nova ideia, partindo do princípio que esta é composta por ideias anteriores, "apenas" organizadas de forma nova. Esta capacidade reorganizativa é a fonte de todo o engenho que dispomos. Antes de se falar sobre partículas subatómicas, tivemos que falar sobre átomos. Antes disso, falámos sobre substâncias, mas antes de as controlarmos, divertimo-nos a fazer pingar ferro sobre formas, depois de sabermos aquecer comida com um punhado de ramos secos e duas pedras muito especiais. E tudo isso apenas porque tinhamos fome.
Será que, após este processo de modificação de estruturas (com os mesmo elementos), iremos encontrar forma de nos prolongar a nós mesmo como o nosso próprio legado? Será que estamos dispostos a trpcar a nossa descendência por uma aprendizagem (quase) eterna? Sim, porque se atingirmos tal patamar de evolução, não nos poderemos dar ao luxo de sobre-popular uma Terra já escassa para tanta gente.
Quais são então os riscos? E se a nossa invulnerabilidade encontrar um inimigo à altura? Seja este interno ou externo, seja a decadência biológica ou um atentado à nossa existência, corremos sempre esse risco: a aniquilação total. O apagar de uma história evolutiva que nos é tão querida, mas apenas porque é a nossa. Se acabarmos como os dôdos, quem nos vai salvar do esquecimento? Nós criamos um registo das espécies que nos acompanham ou acompanharam, inclusivé da nossa própria. Mas se nós não a pudermos defender, não haverá outras espécies a fazê-lo. É por isso imperativo que tenhamos uma dupla função de defesa do conceito de espécie: preservar o meio que nos rodeia, e todos os seres que dele façam parte, e preservar a nossa própria essência como guardiões de um mundo, de uma realidade inventada por nós, mas que não nos pertence.

MFerreiro.

Parte 1: Da capacidade finita, ou da guerra contra as máquinas

Nada se sabe. De nada!
A única relação que estabelecemos com o mundo exterior faz-se através de um filtro que ainda mal compreendemos: o nosso cérebro. Tudo o que passa por ele é já um sinal convertido. Imagens, sons, cheiros, todas as sensações que dizemos ter são apenas uma emulação de algo que existe fora de nós, são uma interpretação cuja fidelidade não podemos avaliar. Os nossos instrumentos foram idealizados pelo nosso cérebro e criados, directa ou indirectamente, por entidades ao serviço do mesmo. Como podemos então testar a validade dos nossos resultados, se criámos as máquinas não à nossa imagem, mas à imagem daquilo que precisamos? Não dizendo que estas máquinas tenham sido criadas para provar que estamos certos, estas estão certamente viciadas pela nossa estrutura de pensamento, pelos nossos hábitos e manias. O humano (neste caso específico), ou qualquer outro ser, é incapaz de construir algo que o ultrapasse. Este facto pode ser interpretado como um mecanismo de defesa da própria essência dos seres, ou da matéria, ou apenas como um limite da inteligência universal. Desafio qualquer um a dar provas de qualquer coisa que ultrapasse a capacidade conceptual dos humanos, mas que tenha sido criada por estes.

MFerreiro.

domingo, 14 de março de 2010

Um palmo à frente

Nem sequer era um corredor assíduo. - Não mais do que quem apenas corre para autocarros. Quando tinha que ser, corria. - Naquele dia teve mesmo que correr.

Correu.

Correu como pouco ou nunca tinha corrido. Porque sentiu. Porque tinha que ser.

Estrada fora, sem ainda ter percebido para onde, ou de onde. Só sabia que era o seu objectivo. Correr.

O mundo ia caindo. Pedaço a pedaço, o mundo caía para o centro, já oco, desta nossa Terra. Nossa, pois nossa é também a responsabilidade por tudo o que nela fazemos.

A seus pés faltavam-lhe os apoios, e caiu também, para o seu mais profundo interior.

"Acorda... Que se passa?"
"Tive outra vez aquele sonho, mas desta vez durante mais tempo..."
"Não te preocupes..."
"Mas eu vi-te, e tu..."
"Não te preocupes... Eu tive o mesmo sonho, confia em mim..."

E o chão começou a tremer.


MFerreiro.

sábado, 13 de março de 2010

Filhos Da Madrugada

Não sabemos de dor, nem mágoa...

Abri os olhos sem querer, de manhã. De sobressalto. Como quando estamos a cair ou a fazer algo que nos impele a acordar, e o sonho batia à porta. (toc, toc).

Por minutos, fiquei no mesmo sitio, sem me mexer. Sem pensar. Aterrado, e calmo. E foi aí que o Dia acordou. O cão ladra. Eu saio do meu transe.

Que loucura!... sinto-me tão parado. Tudo a mexer-se à minha volta e a minha vida a mexer-se e o meu coração que bate mais rápido e a ansiedade chega e já não consigo parar, a culpa é tua, a culpa é tua, ou será minha, mas que seja de alguém para podermos acabar com isto, com esta apatia, com esta dor, com tudo o que nos prende e nos sufoca...

Respira fundo...

Não penses mais nisso, adia-o como fazes sempre, fica para outro e para outro até não poder ficar mais, até te esqueceres, até deixares de Existir, não interessa, passa à frente...senão não sei o que acontece...apertas-te mais dentro de ti, mas queres ser implosivo, ninguém merece aquilo que estás a passar, ninguém tem de levar com os teus problemas, contigo, com a tua vida que não anda ( já disseste )...

E lá estás tu...

Ciclo Vicioso...nunca te esqueças.

E, sem dares por isso, já vais na madrugada sem teres adormecido. E acordas sem dormir. E dormes sem acordar.

Ou já não sabes o que se passa. E sentes-te melhor...

...Foi por pouco...


Nirvana Blue

sexta-feira, 5 de março de 2010

Expedition Impossible

Prodigio é a mãe que nos avisa quando está a chover.

É o nariz frio ao sair para a rua de manhã.

O sol depois do temporal.

A procura incessante por algo novo.

Um banco no parque a convidar-te para te sentares.

A mão a tremer de ansiedade por outra página.

O regresso a casa.

Ouvir as histórias que as folhas das árvores têm para contar, quando o vento lhes dá voz.

Suportar outro dia com um sorriso na cara.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Beijo = Mil

Queria tirar o sal da minha pele
E guarda-lo para quando precisasse
Ter um pequeno trevo no bolso
Para quando um tigre voasse.

Deitar-me numa nuvem, ver os dias a passar.
Morrer um bocadinho quando chegasse o luar.
Ir ao céu contigo e voltar.

Acordar perdido num abraço teu.
E estar aqui tudo o que precisamos. Desde sempre e para sempre.
E, um dia, porque não, conhecer-te.

Nirvana Blue

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Paisagem Pop

minha primeira musica xD

Goodnight to the little men living far above.
Goodnight to all the people who showed me no love
Goodnight angels, i'll be leaving soon
Goodnight everyone, goodnight moon.

Goodnight to all the trees in the forest
Goodnight to all the people who never gave their best
Goodnight mom and dad, i'll see you soon
Goodnight crowded places that have got no room.

Goodnight to the airplane, flying so high
Goodnight to the people who've never seen me cry
Goodnight to my friends, who've kept me dry
Goodnight to everyone who refuses to say "goodbye"

Goodnight moon (3x)

The day has just begun and my nose is cold
I don't know how you feel, but for me it's pure gold
Lay on the grass, enjoy the afternoon
And when you had enough say "goodnight moon".

Goodnight moon (3x)

FIM

NB

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Haiti

Haiti, mon pays
Wounded mother i'll never see
Ma famille set me free
threw my ashes into the sea

Mes cousins jamais nés
hantent les nuits de Duvalier.
Rien n'arrete nos esprits.
Guns can't kill what soldiers can't see.

In the forest we lie hiding,
unmarked graves where flowers grow.
Hear the soldiers angry yelling,
in the river we will go.

Tous les morts-nés forment une armée,
soon we will reclaim the earth.
All the tears and all the bodies
bring about our second birth.

Haïti, never free,
n'aie pas peur de sonner l'alarme.
Tes enfants sont partis,
In those days their blood was still warm

The Arcade Fire
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Espero que cheguem lá todos os donativos. Muitas vezes "extraviam-se".
É cruel.
O seu pais deixou de ser. Agora é uma praia. Um grande deserto. Uma sombra do paraíso.

Foi sem dúvida um país com um historial conturbado. Após colonização francesa e espanhola e em guerra muitos anos, o Haiti estava a começar aos pequenos passos a construir um país. Estaria? Agora nunca o saberemos. Port-Au-Prince, a sua capital foi quase totalmente destruida por um terremoto de proporções devastadoras. Sete. Preciso de dizer mais?

Um grito da terra reclamou 200 000 pessoas.
As campas, tantas e sem nome, deveriam deixar o mundo, no mínimo, comovido, pronto a ajudar. Fala-se muito. Aínda não vi nada. Estou à procura de um sitio onde possa fazer algo que vá ser realmente util. Still looking.

Mães sem filhos, filhos sem mães, familias inteiras, todo e qualquer resto de civilização varrido.
Sinto-me pequeno e completamente impotente.

Aproveito para deixar uma mensagem aos países "desenvolvidos": A Terra é vossa? Deixem-me rir.

sábado, 16 de janeiro de 2010

O que fazer?

O que são tempos de mudança?
São tempos de alterações drásticas na nossa vida, sejam elas do foro psicológico, emocional, ou até sociológico. Será?

De que somos feitos, senão das nossas mudanças? Ninguém nasceu como é, são as mudanças que nos fazem ser diferentes uns dos outros. Bem, uns mais diferentes que outros...

E ainda assim, todas as sociedades, todos os meios em que vivemos tendem a criar um padrão, um modelo pelo qual nos devemos guiar. Um máximo objectivo de ser, de existir, igual para todos. E todos concordam.

Bah!... Vão-se!...


MFerreiro.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Natural Mystic (Parte 1)

Aqui vem um pequenino de há muito tempo :) para os leitores do MF. Por favor, não se coibam. Comentem!

A minha protecção era uma fuga para longe, dedilhada pelas suaves mãos de quem também não tem.
Pensar não me ocorre agora. A inveja sim.
Mais um passo rumo ao nada, não necesariamente escuro. Pagamos assim o preço de sermos racionais. E começa outro processo criativo.

NB

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Esqueci-me...

(step, step)

Terás sempre problemas por seres quem és. Ponto. Contigo mesmo e com os outros.

Às vezes irrita-me a maneira como olho para a vida.
Dou mais um passo.
Às vezes sinto-me uma alma perdida,
Antes num abraço.

Às vezes dou por mim contente, a gritar
Mas na minha cabeça não me consigo levantar.

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Às vezes fecho os olhos, e não consigo dormir . . .
E sinto-me sem força para o que há-de vir...

Mas por todas essas vezes acordo do meu transe, e penso:
Ao menos é uma vida. Real. Sem nada fingido, fabricado para me tornar mais feliz.


Isso é a maior felicidade. Sorrir quando corre mal.

FIM

NB

sábado, 9 de janeiro de 2010

Bom Dia

Bom dia...um dia num sitio novo... Já há muito não sentia o entusiasmo de um novo começo.

Sim, é assim que devemos ver tudo: um novo começo! O que exige mais coragem não é propriamente começar de novo, mas decidir que se tem de o fazer. Normalmente, já estamos demasiado acomodados à nossa vida para fazer o que quer que seja. É inevitável, a acomodação. Mas o insuportável move montanhas... e quando já não podemos mais, entramos em conflito connosco mesmos. A minha definição de tristeza. Um vazio que nos obriga a questionar o que está mal.

Cada qual cria a sua prisão. Não é necessariamente mau. Apenas acontece. O melhor que podemos fazer é torná-la confortável o suficiente para, quando desejarmos, saírmos dela.

A minha prisão anterior era tortuosa. Injusta. Mas saí. Devo-o a algumas pessoas, a dois blogues e a mim mesmo.

Sinto-me feliz na minha prisão actual. E vocês?

Se sim, tenham um Bom Dia.

Se não...ainda vão a tempo de o ter.

Nirvana Blue

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Boa noite

Boa noite, amigos.

Boa noite para todos aqueles que preferem continuar a dormir.

Vemo-nos num amanhã que só vocês escolhem quando chegará.

Aproveitem os sonhos de agora, porque os de amanhã serão muito mais reais.


MFerreiro.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Block

I'm not brainstorming, I'm brainwrecked.

Brainwreck -> Thinker's block -> Writer's block


MFerreiro.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Sem

Feliz Natal atrasado, caros leitores.

Natal, esse tão feliz e falso tempo de amor e caridade. Bom, enough of that.

Bom ano, caros leitores.

Ano Novo, Vida Nova.

Porque não? Aquilo de que precisamos para mudar de pele é, por norma, uma desculpa. E porque não usar o ano novo? De certo modo, ele também nos usa a nós: temos que vestir qualquer coisa bonita, comprar camarões, pô-los de uma forma bonita para os convidados lá em casa, fazer comida para muita gente, etc.
Por isso vamos vingar-nos do ano que acabou de passar, e investir neste novo como se não houvesse um próximo.

"Este ano vou dar tudo por tudo".

Se este ano pensar isso, vai correr tudo tão bem. A Faculdade vai continuar difícil. Os amigos vão continuar a dar vontade de beber um café à noite. A família vai continuar a "pedir" para chegarmos um bocadinho mais cedo a casa. As costas vão continuar a pedir para chegarmos um bocadinho mais cedo à cama.
Mas... Se quando chegarmos levarmos, além do cansaço, o sentimento de missão cumprida... Podemos ser mais felizes que isso? Se desempenharmos o nosso papel, a nossa função, o melhor que podemos... Mais ninguém nos poderá exigir mais do que isso.

"Hoje vou exigir de mim um bocadinho mais do que ontem."

E faço isto só este ano, porque não vai haver um próximo.
Mas a magia da vida está exactamente aí... É que há sempre mais um. Mais um ano, mais um dia, mais um bocadinho. Se no último bocadinho der tudo por tudo, tudo valeu a pena. E até lá, vou dando tudo por tudo, porque é a maneira que tenho de o meu pequeno tudo valer tudo o que tenho.

"O que tenho chega para conseguir o que me falta."

Está tudo à distância de um pequeno esforço, por maior que ele seja. Se faz parte do nosso futuro, caminhar para ele é sempre um pequeno esforço.

E por isso, deixando o sono falar um pouco mais alto, termino.

Um bom ano, caros leitores. Um óptimo ano, amigos, e que todos sintam pelo menos tanta vontade de vencer neste ano como eu. Mas não se prendam por mim... You know what they say: "The sky is the limit!"

Viva 2010. Chegou em boa altura.


Felicidades,
MFerreiro.