terça-feira, 19 de outubro de 2010

E os Espinhos Já Não Picam

Os braços dormem descansados. As petalas caem, e os espinhos ja' não picam. A rosa morre. Quase criminalmente. O animo fugiu, voou quando viu a janela aberta. A apatia 'e a nova companhia, dia apos dia, mais monotono que o anterior, mais pesaroso e arrastado que o seguinte.
Perco-me nas caras da televisao, que falam de desgraças todos os dias, que dao sedativos aos putos que, em breve, vao deixar de sentir. Cerebros dormentes do nosso amanha. Folhas caidas no Outono, tao emocionados como o naufrago que deu 'a costa ha' mais luas do que as que consegue enumerar.
Estes pensamentos sobem no primeiro cafe' que bebo, de um trago, para dar vida aos meus olhos cansados. Longe vao as noites, entre um cigarro e uma cerveja, entre amigos, onde jurei a minha imortalidade e a vontade de tomar a vida nesses meus braços que agora estao comatosos.
Onde esta a promessa de um suspiro?

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